quinta-feira, 27 de março de 2014

32. MARIA ANDRÉ

"Arcos do sardão" / Aguarela

MARIA ANDRÉ, natural de Valongo – Porto.
Iniciou actividade em 1973.

FORMAÇÃO ACADÉMICA
- Frequência do curso de  Tecnologia, Desenho e Pintura na Cooperativa de Ensino Polivalente Artístico – Árvore.
- Lições com vários professores consagrados nos meios artísticos.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS
- Salão Nobre da Câmara Municipal de Valongo
- Museu de Aveiro
- Centro UNESCO do Porto
- Centro de Estágio da Ordem dos Advogados
- Casa dos Médicos (Ordem dos Médicos)
- Posto de Turismo de Vila Nova de Gaia
- HPP – Hospital Privado da Boavista – Porto
- PT Espaço – Tenente Valadim – Porto
- Forte de São João Batista – Foz do Douro - Porto
- Casa Barbot – 2011
- Livraria Lello/ Prólogo Livreiros S.A.
- Museu Municipal do Móvel – Paços de Ferreira - 2012
- Museu Arqueológico de Sanfins – Paços de Ferreira – 2012
- Galeria Olga Santos – Porto - 2014

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS
- Fórum Maia
- Mosteiro de Arouca
- Cooperativa Árvore – Porto
- Salão Nobre da Câmara de Santo Tirso
- Museu Municipal de Lousã
- Convento do Beato
- VII Exposição de Artes Plásticas (Gaiaarte)
- Galeria Santa Clara- Coimbra
- Centro de Turismo de Aveiro
- IX Bienal da Festa do Avante
- Colectiva de Artes Plásticas 100 anos /100 obras, da Cruz Vermelha Portuguesa na Fundação Cupertino de Miranda
- Exposição na Galeria de Santa Ingrácia em Madrid – Espanha
- Exposição colectiva – “Criatividade luta contra a SIDA”, na Ordem dos Médicos no Porto
- Exposição colectiva Galeria Eugénio Torres – Porto
- Exposição Museu da Lousa – Centro Cultural de Valongo
- Exposição Cadeia da Relação do Porto (AMI)
- Penafiel Park Hotem SPA
- Fundação Museu do Douro (Exposição permanente)
- Exposição Museu de Espinho – 1ª Bienal Mulheres d’Arte
- Exposição Colectiva de Pintura e Escultura “Arte Pintada a Letras” – Espinho
- Forum da Maia – Exposição colectiva “Mulher Migrante” 2011
- “Um Lugar pró Joãozinho” – Centro Hospitalar de S. João 2013
- Exposição Colectiva – Buvette, Termas da Curia 2013
- Exposição colectiva Hospital Júlio de Matos 2013
- Contemporary Art CHPL, Lisboa 2013
- Exposição Colectiva de 31 artistas mulheres, “Dia da Mulher” – Paços do Concelho de Vila Nova de Gaia, 2014

REPRESENTAÇÕES LITERÁRIAS
Catálogo Nacional de Antiquários e de Arte 1994/95
Anuário das Artes Plásticas nº1 – 1995/96
Anuário das Artes Plásticas nº2 – 1997
Anuário Arte, flores e jardins
Anuário das Artes Plásticas  2001/2002

Representada em colecções particulares e oficiais e em museus:
Museu Aveiro Sta. Joana
Museu Abade de Cima – Sto. Tirso

ILUSTRAÇÃO
Capa para um livro de cantos, de José Manhente, 2012 – Aguarela “Ponte Medieval de Barcelos”
Ilustração para um livro de José Efe, “13 Sonetos Iustrados e sete incursões estéticas” - Óleo s/tela “A Paleta”



O texto plástico de Maria André é afirmativo. Ele revela uma formulação de informações naturalistas de singular encanto em resultado de uma sensibilidade que se diferencia pela largueza de espaços e de manchas.
Mas, além de uma fascinante comarca de arquétipos cromáticos, a artista apresenta um conhecimento da realidade cujo processo é uma permanente pesquisa de saltos qualitativos que lhes permite contextualizar uma inspiração romântica, por vezes dramatizante, agenciada de imagens livremente selecionadas e de composições intuitivas, sintéticas e transparentes.
As aguarelas de Maria André incorporam fundamentos paisagísticos e florais, hierarquizados de saber de sensível lucidez, que representam uma maioridade artística que se impõe pela sua grandeza e significação estética. Dir-se-ia que a artista conseguiu alcançar o segredo das transparências e a fluidez de uma fruição destacada de admiráveis sugestões da natureza.
Estamos assim na presença de uma aguarelista de qualificada caligrafia, de improviso imediato dos saberes anteriormente adquiridos, de procedimentos e de dimensões que exprimem uma eloquente idoneidade forma de interpretar a realidade. A sucessão de lances, que consagra as suas aptidões expressivas, é já um conjunto de absorções e de luminosidades que está marcado pela captação de essências e de líricos sortilégios paisagísticos.
Através da aguarela, Maria André transfere-nos o pretexto para resgatar a razão de ser da vida em função da melodia cromática das atmosferas e dos ambientes cujos esplendores lumínicos surgem como uma constante imperativa de leveza, frescura, liberdade e lúcido desvario de quem sabe dar-se à pintura.
A lírica de Maria André apresenta já um fulgor de profundíssimo naturalismo, plena de perplexidades, de tristeza e de alegrias, de encantamentos e de fascínios, atributos que só estão ao alcance dos grandes aguarelistas, no domínio substantivo da cor e da luz. E nesta perspectiva a sua pintura projecta-se num campo pleno de vibrações de silêncios, de êxtases, de impulsos energéticos e de uma ordem da natureza mais perfeita e profunda. Em suma, uma lírica sofrida, mas verdadeira.
Sérgio Mourão



Numa revisão de valores, não achamos excessivo comparar a aguarelista Maria André a qualquer um dos consagrados artistas da aguarela que passam pelas galerias de arte portuenses.
Emoção, independência de expressão, inteligência, sentimento lírico face aos mistérios da beleza universal, eis os pontos marcantes da sua individualidade estética.
Porém a Pintora, dispõe de potencialidades anímicas capazes de nos trazerem ainda muitas surpresas no futuro.
Anabela Paúl

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